sábado, 19 abril 2025

Secretário de Pesca de SC critica cotas federais para pesca artesanal da tainha

Reunião na Prefeitura de Garopaba abordou impactos da nova portaria federal nas comunidades pesqueiras do litoral catarinense
Foto: Divulgação/PMG
Foto: Divulgação/PMG

Na manhã de terça-feira (15), o secretário de Aquicultura e Pesca de Santa Catarina, Tiago Bolan Frigo, esteve no gabinete da Prefeitura de Garopaba para discutir os impactos da Portaria Interministerial MPA/MMA nº 26/2025, que definiu cotas para a pesca da tainha no Brasil. O encontro contou com a presença do vice-prefeito Guto Chaves e do secretário municipal de Agricultura e Pesca, Fabiano Viveira Abreu.

Segundo Frigo, a medida do Governo Federal impõe restrições apenas aos pescadores artesanais catarinenses, sem considerar aspectos técnicos e a tradição da atividade na região. Ele afirmou que o Estado vai trabalhar em conjunto com o município para contestar a norma.

“Do ponto de vista ambiental, a decisão é nula, não faz sentido algum. Se a cota for apenas para os pescadores artesanais de Santa Catarina, o peixe vai passar e os pescadores do Paraná, do Rio de Janeiro e de São Paulo podem capturar”, declarou o secretário estadual durante a reunião.

A portaria define as seguintes cotas de captura da tainha (Mugil liza) para o ano de 2025:

  • 600 toneladas para cerco/traineira, nas regiões Sudeste e Sul;
  • 970 toneladas para emalhe anilhado, no mar territorial adjacente a Santa Catarina;
  • 1.100 toneladas para arrasto de praia, também em águas catarinenses;
  • 1.725 toneladas para emalhe costeiro de superfície, no Sudeste e Sul;
  • 2.300 toneladas para captura no estuário da Lagoa dos Patos.

Conforme o vice-prefeito Guto Chaves (PP), a medida afeta diretamente a subsistência de famílias que dependem da pesca tradicional. “Reforçamos o compromisso com os pescadores locais e destacamos a importância da atividade para a cultura, economia e sustento de diversas famílias da região. Iremos levar junto com o Governo de SC, a pauta adiante para o Governo Federal e aos órgãos ambientais, cobrando critérios técnicos e justiça na distribuição das cotas”, afirmou.

A Prefeitura de Garopaba e o Governo do Estado devem continuar articulando ações para revisão dos critérios estabelecidos na nova norma.

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