A Associação Protetora dos Animais de Garopaba (APAG) realizou a doação de 500 microchips à Prefeitura de Garopaba, que serão utilizados para a identificação de todos os animais castrados por meio dos programas públicos do município. A medida começou a valer nesta quinta-feira (25), e os animais atendidos já sairão dos procedimentos com os dispositivos implantados.
Segundo a APAG, a proposta representa um avanço importante na causa animal e atende a um antigo pedido de protetores independentes: a rastreabilidade dos animais assistidos pelo poder público.
Com a implantação do chip, será possível saber de qual cidade o animal veio, mesmo que ele seja encontrado em situação de abandono em outro município. A identificação permitirá responsabilizar o tutor pelo eventual crime de abandono, conforme previsto em lei.

O sistema utilizado será o ProPata, uma plataforma criada em Garopaba e desenvolvida especificamente para o controle e o monitoramento de animais atendidos por políticas públicas. A ferramenta armazena dados como nome e documento do tutor, endereço, data dos atendimentos, procedimentos realizados e foto do animal.
De acordo com a APAG, o sistema é considerado inédito e poderá servir como modelo para outros municípios de Santa Catarina e do Brasil. O avanço foi possível graças à parceria entre a sociedade civil organizada e o poder público local.
Os microchips foram entregues pessoalmente pela fundadora da APAG, Gabriela, ao secretário de Agricultura, Fabiano, e à gerente do Bem-Estar Animal da Prefeitura. A associação declarou que esse é apenas o primeiro passo para um novo modelo de gestão e proteção animal em Garopaba.
A implantação dos microchips ocorre em um momento em que crescem as denúncias de abandono de animais em diversas regiões do estado. Segundo organizações de proteção animal, a medida pode contribuir para aumentar a responsabilização dos tutores e reduzir os índices de maus-tratos.