Na manhã desta quarta-feira (8), a operação “Castelo de Barro”, da Polícia Civil, teve como alvos os municípios de Imbituba, Imaruí e Garopaba. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão, além do afastamento de um funcionário público. A investigação apura desvios em contratos de saibro, com suposta participação de empresários e servidores públicos.
A apuração teve início em outubro de 2024, após a polícia identificar movimentações suspeitas na aquisição de saibro pela prefeitura de Imbituba. Durante a investigação, constatou-se que a empresa contratada, sediada em Imaruí, entregava apenas três cargas para cada dez faturadas. Cargas desviadas teriam sido destinadas a propriedades privadas e empresas localizadas em Imbituba, Imaruí e Garopaba.
O caso chamou atenção, quando a polícia identificou um aumento significativo na aquisição de saibro pela Prefeitura de Imbituba, sem justificativas plausíveis. A licitação realizada em junho de 2024 previa o fornecimento do material por um ano. No entanto, as irregularidades apontam para um prejuízo estimado de R$ 1,05 milhão, valor bloqueado pela Justiça.
Os mandados de prisão foram cumpridos no Centro de Garopaba, envolvendo um casal proprietário da empresa investigada. Já as buscas ocorreram em residências e na sede da empresa em Imaruí, além de endereços nos bairros Centro, Vila Nova Alvorada e Lagoa do Quintino, em Imbituba
Significado do nome da operação Castelo de Barro
O nome “Castelo de Barro” refere-se ao volume de saibro supostamente adquirido e desviado, correspondente a 1.840 caminhões, totalizando 22.080 metros cúbicos, que poderiam formar uma estrutura equivalente a um “castelo de barro”.