Em Garopaba, o aumento de cães da raça Pit Bull tem causado preocupação entre os moradores. Diante deste cenário, é crucial entender como agir em situações de risco e a importância de denunciar os proprietários que não cumprem as leis de controle desses animais.
A legislação vigente exige que todos os pit bulls sejam conduzidos em locais públicos com focinheiras e sob supervisão de adultos, medidas que visam garantir a segurança pública. No entanto, relatos de animais soltos e sem as precauções necessárias são frequentes, colocando em risco a comunidade. Em caso de descumprimento, é possível e necessário registrar uma ocorrência na delegacia local ou online, garantindo que os responsáveis sejam civil ou criminalmente responsabilizados.
Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal, destaca a importância da educação para a prevenção:
“É melhor denunciar e alguém ficar chateado com você do que saber que podia ter evitado uma morte e não o fez. Não espere a mordida acontecer”, orienta Rossi.
Rossi também reforça que os ataques podem ocorrer mesmo em animais que não foram submetidos a maus-tratos e que o conhecimento sobre como lidar com essas situações é essencial para todos os tutores de cães de grande porte.
Dicas para Evitar ou Minimizar um Ataque de Cão
- Antes do Ataque: Se avistar um cão agressivo, mantenha a calma e evite movimentos bruscos. Caminhar em diagonal pode indicar ao animal que você não é uma ameaça.
- Durante o Ataque: Se não for possível evitar, use objetos como bolsas ou mochilas para se proteger. Tentar encontrar um suporte, como uma parede, pode ajudar a evitar ser derrubado.
- Se Testemunhar um Ataque: Evite puxar o animal pelo pescoço, o que pode agravar as lesões na vítima. Utilizar cordas para desequilibrar o cão ou água para distraí-lo são alternativas mais seguras.
Rossi compara a posse de um animal de grande porte à condução de um veículo: ambos requerem conhecimento específico e responsabilidade.
“Para ter um animal desse tipo, as pessoas deveriam receber instrução mínima, uma permissão ou licença para criá-lo, e serem responsabilizadas caso façam besteira. Não é só porque ele é seu bichinho que ele não pode matar alguém”, conclui o especialista.
Vale ressaltar a importância da necessidade de vigilância e educação contínua para garantir a segurança de todos, tanto de humanos quanto de animais.