Na manhã desta terça-feira (20), o prefeito de Garopaba, Junior de Abreu Bento, acompanhado pelo vice-prefeito Guto Chaves e pelo procurador geral do município Henrique Telles Vargas, realizou uma coletiva de imprensa para abordar os desdobramentos da Operação Maestro.
A operação teve início na manhã de terça-feira (20), quando 23 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes municípios, incluindo Garopaba, Imbituba, Laguna, Palhoça, e Forquilhinha, além da capital gaúcha. O foco principal das investigações são supostas irregularidades em contratos públicos, envolvendo obras de infraestrutura e serviços municipais.
Em Garopaba, a operação teve como alvo diversos setores da prefeitura e a residência do prefeito, com mandados de busca e apreensão, em uma investigação que visa apurar possíveis fraudes em licitações públicas, focando principalmente na construção do subsolo do Garopaba Pronto Atendimento (GPA).
Durante a coletiva, o prefeito Junior de Abreu Bento destacou que a administração ainda não teve acesso aos autos do processo, mas garantiu que a prefeitura está colaborando integralmente com as autoridades. “A Prefeitura ficou aberta, disponibilizando todas as informações possíveis para a polícia. E a gente continua à disposição,” afirmou.
Ele mencionou que a operação incluiu buscas nos setores de contratos, licitações e engenharia da prefeitura, além de sua residência, localizada no norte de Garopaba. O subsolo do GPA, que é um dos principais focos da investigação, já havia sido tema de tentativas de abertura de CPIs por parte dos vereadores da Câmara Municipal. O prefeito sugeriu que a operação atual poderia estar relacionada a essas questões anteriores.
Sobre o GPA, o prefeito expressou sua frustração em relação às críticas e investigações, destacando que o projeto inicial previa três pisos, incluindo áreas para o Samu e estacionamento, que foram posteriormente adaptadas para abrigar a Secretaria de Saúde. “É uma obra que a gente trabalhou muito, brigou muito e, infelizmente, muitas pessoas não conseguem aceitar que está pronta,” disse o prefeito, defendendo a lisura do processo licitatório e da execução do projeto.
O procurador geral do município, Henrique Telles Vargas, também se pronunciou, reconhecendo a atuação das autoridades, mas ressaltando que as informações disponíveis até o momento são limitadas. Ele afirmou que a administração municipal está aguardando mais detalhes para poder se posicionar de forma mais clara.
Nossa equipe fez perguntas diretas ao prefeito Junior, que não foram respondidas na íntegra. Entre elas, questionamos como ele interpreta o fato de sua residência ter sido alvo de mandados de busca e pedimos detalhes sobre as acusações específicas e as empresas envolvidas na Operação Maestro. O prefeito não ofereceu respostas detalhadas, mencionando que aguardará o acesso aos autos do processo para fornecer mais informações.
A operação, que envolveu diversos setores da prefeitura, continua em andamento, e a expectativa é de que mais informações sejam divulgadas nos próximos dias.
