A Câmara de Vereadores de Garopaba recebe na quarta-feira (5), às 17h, mais um encontro da Frente Parlamentar de Combate à Violência Contra a Mulher. O espaço, aberto à comunidade, tem como objetivo fortalecer o diálogo e construir medidas efetivas para tornar o município mais seguro e acolhedor para mulheres em situação de vulnerabilidade.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, em 2024 foram registrados mais de 62 mil casos de violência contra a mulher no estado, sendo 29.440 ameaças, 14.443 lesões e 4.346 agressões. Ainda conforme o levantamento, ocorreu um feminicídio a cada seis dias, além de mais de 30 mil medidas protetivas solicitadas. O Disque 180 apontou aumento de 15,5% nos atendimentos em comparação com 2023.
De acordo com o vereador Rodrigo de Oliveira (PT), que lidera a Frente, o objetivo é construir respostas coletivas e permanentes. A iniciativa conta também com os vereadores Rogério Linhares (Podemos), Felippe de Souza (MDB) e Atanásio Gonçalves Filho (MDB).
Entre as instituições que integram o trabalho estão a Polícia Militar, representada pela sargento Fernanda, a Marcha Mundial das Mulheres, o Coletivo de Mulheres Negras de Garopaba, a Frente Organizada Popular, o Coletivo Fluir, a Rede de Proteção Feminina Minas do Rosa e o Conselho Comunitário de Ibiraquera (CCI).
Durante o encontro, serão discutidas ações voltadas à criação de uma Casa Lilás em Garopaba, atualização da lei municipal de auxílio às mulheres vítimas de violência, capacitação contínua de profissionais da rede de atendimento e implementação de programas educativos, como o projeto “Maria da Penha nas Escolas”. Também está prevista a criação de uma Sala Lilás, destinada ao acolhimento humanizado e seguro de mulheres em situação de violência.
A Frente Parlamentar pretende realizar encontros mensais, com o propósito de transformar as demandas apresentadas pela comunidade em ações efetivas. A reunião é aberta a todos os moradores de Garopaba, incluindo representantes de escolas, sindicatos, associações e movimentos sociais.
De acordo com a organização, a participação popular é considerada fundamental para fortalecer a rede de proteção, estimular o debate e acompanhar o andamento das medidas propostas.

