A mãe de elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina), que deu à luz em 11 de outubro na praia do Siriú, em Garopaba, completou seu ciclo natural ao retornar para o mar na madrugada de hoje, deixando o filhote na costa catarinense. Segundo pesquisadores, este comportamento faz parte do ciclo da espécie. Durante o período de amamentação, o filhote ganhou peso e agora está apto a seguir seu desenvolvimento de forma independente.
Karina Groch, diretora de pesquisa do Instituto Australis, esteve no local por volta das 5h da manhã ao lado de outros especialistas e constatou a ausência da mãe e do filhote. As equipes de monitoramento confirmaram que o filhote nadou até outra praia de Garopaba, onde profissionais do Instituto Australis e do LabZoo/Udesc, vinculados ao Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), foram avaliar suas condições de saúde.
A força-tarefa, composta por instituições como APA da Baleia Franca, ICMBio, Ibama, Instituto Australis, LabZoo/Udesc e parceiros como o Projeto Cetáceos, continua ativa na região para apoiar a sensibilização da comunidade sobre a importância do distanciamento dos animais.
Leandro Ciotti, analista do ICMBio, explicou que o comportamento do filhote é próximo ao natural, mesmo sem ter nascido em uma colônia reprodutiva, onde os jovens elefantes-marinhos normalmente permanecem para ganhar musculatura e praticar nado antes de se aventurarem sozinhos no mar. Segundo Ciotti, o aprendizado adquirido ao acompanhar a mãe nos últimos dias é essencial para sua sobrevivência.
Nota Técnica e orientações à comunidade
No início da semana, o Instituto Australis, LabZoo/Udesc, APA da Baleia Franca e outras instituições publicaram uma nota técnica conjunta para orientar pesquisadores, agentes públicos, voluntários e a sociedade sobre a proteção e segurança do filhote de elefante-marinho. Caso o filhote seja avistado na praia, o contato com a equipe de monitoramento pode ser feito pelos telefones 0800 642 3341 (PMP-BS) ou (48) 8805-6580 (APABF).