No dia 11 de outubro, um nascimento inédito de elefante-marinho foi registrado na praia do Siriú, em Garopaba. Este é o primeiro caso de nascimento da espécie no Brasil, e o filhote e sua mãe continuam na beira-mar, sob monitoramento da equipe do Instituto Australis, que integra o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Pesquisadores pedem que a população mantenha distância dos animais para garantir o bem-estar deles durante este momento crítico.
No entanto, vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas se aproximando de maneira inadequada, o que pode comprometer a segurança dos animais. De acordo com Adriana Albuquerque, médica veterinária do PMP-BS e da Udesc, o filhote precisa mamar e ganhar peso, e a colaboração da população é essencial para que os laços entre mãe e filhote se fortaleçam. “Esse momento é crucial para que se criem laços entre a mãe e o filhote”, alerta Adriana.
Força-tarefa reforça isolamento e medidas de proteção
Pesquisadores do PMP-BS e do ProFranca afirmam que a mãe deve permanecer por aproximadamente mais 20 dias no litoral catarinense, antes de iniciar a migração, enquanto o filhote ficará na praia por mais tempo. A força-tarefa de proteção, composta por órgãos como APA da Baleia Franca, ICMBio, Ibama, Polícia Ambiental, Prefeitura de Garopaba e Instituto Australis, está reforçando o isolamento da área. O distanciamento mínimo de 50 metros é necessário para evitar estresse e garantir a segurança dos animais.
Molestar animais selvagens é crime, conforme a Lei 9.605/98, com penalidades que incluem multa e prisão. Circulação de veículos na praia também é proibida por lei, pois pode estressar a fêmea e alterar seu comportamento, prejudicando o período de amamentação. Para garantir a proteção, foram criados grupos de monitoramento e fiscalização com equipes, voluntários e agentes locais.
Denúncias e contatos para proteção dos animais
Para denunciar situações de risco ou importunação aos elefantes-marinhos, a população pode contatar o PMP-BS pelo telefone 0800 6423 341 ou acionar a Polícia Militar Ambiental pelo 190.
Com informações de NSCtotal