quinta-feira, 6 novembro 2025

FICA Garopaba confirma evento e diz que acusações são falsas e tentam censurar a cultura

Organização afirma que todos os projetos seguiram os trâmites legais e que associação ao nome de Filipe Bezerra é caluniosa.
Foto: Flávio Veloso
Foto: Flávio Veloso

A organização do Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba (FICA Garopaba) e a Pátria Grande Produções divulgaram nesta quinta-feira (6) uma nota de esclarecimento em resposta às denúncias apresentadas pelo vereador Cryslan de Moraes (Novo), de São José. O parlamentar havia citado o evento em uma suposta investigação sobre o uso de verbas federais da cultura para financiar invasões de terra em Santa Catarina.

Segundo o comunicado, a Pátria Grande foi criada em 2024 pelo fotógrafo e produtor cultural Flávio Veloso, e desde então tem promovido eventos e ações culturais em diversas regiões do estado, incluindo aldeias indígenas, quilombos, escolas e praças públicas. A produtora afirma que todos os projetos realizados via editais públicos seguiram os trâmites legais e tiveram prestações de contas aprovadas.

De acordo com a Receita Federal, a Pátria Grande Produções é uma empresa aberta em 6 de junho de 2024, com sede em Florianópolis (SC), tendo Flávio Veloso Neves da Silva como sócio-administrador.

A nota destaca que o FICA Garopaba se consolidou como um dos principais festivais ambientais do Sul do Brasil. Desde sua criação, o evento já exibiu 68 filmes em mais de 80 sessões, alcançando cerca de 6 mil pessoas em oito municípios catarinenses. Todas as edições foram gratuitas, sendo as duas primeiras realizadas sem patrocínio público.

A organização também respondeu diretamente às menções ao nome de Filipe Bezerra, citado nas denúncias do vereador como suposto articulador de invasões. Segundo o festival, ele é ator, engenheiro agrônomo e artista com experiência em cinema ambiental, tendo atuado apenas como curador nas duas últimas edições do FICA, com remuneração total de R$ 4.350, devidamente registrada com nota fiscal e aprovada pela Fundação Catarinense de Cultura.

Leia também: Vereador denuncia uso de verba federal para financiar invasões que teriam Garopaba como novo alvo

O comunicado classifica como “falsas e caluniosas” as tentativas de vincular o nome de Bezerra, do festival ou da produtora a qualquer movimento de invasão. A organização afirma ainda que o FICA é realizado por uma equipe diversa e qualificada, com profissionais locais e nacionais, incluindo cineastas trans, artistas negras, curadores com deficiência e produtoras LGBTQIAPN+, reforçando o caráter plural e inclusivo do projeto.

Na nota, o festival também ressalta o impacto cultural e econômico do evento, informando que a edição de 2024 gerou 218 publicações orgânicas na mídia, com uma valoração estimada em R$ 3,1 milhões em divulgação espontânea, fortalecendo a imagem de Garopaba como destino cultural e turístico.

A organização considera as acusações “tentativas de censura, intimidação e apagamento cultural” e afirma que o evento seguirá normalmente com programação gratuita entre 11 e 16 de novembro, em Garopaba, Imbituba e Florianópolis, com 22 filmes de 11 países abordando temas como Amazônia, mineração, luta indígena e sustentabilidade.

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