A surfista Roberta Borges, de Garopaba, conquistou a medalha de prata na categoria Kahunas Femininos (acima de 60 anos) durante o ISA World Masters Surfing Championship, que ocorreu entre 18 e 24 de outubro, em El Sunzal, El Salvador. A brasileira ficou atrás da havaiana Becky Benson, que levou o ouro. A competição contou com a participação de surfistas de mais de 20 países, reforçando a importância do torneio no cenário global do surf master. Roberta, única representante de Garopaba na equipe brasileira, teve papel crucial na conquista do ouro por equipes, ajudando o Brasil a superar adversários como Havaí, Austrália e França.
Natural de Porto Alegre, Roberta iniciou sua trajetória no surf ainda na adolescência, na praia de Torres, Rio Grande do Sul. Ela se mudou para Garopaba há mais de uma década, onde atua também como fotógrafa e fundadora do coletivo Foto e Arte Garopaba (FAG). Além de ser a primeira mulher campeã brasileira de surf em 1985, Roberta fez parte do time brasileiro que estreou em um mundial amador na Inglaterra, no ano seguinte. Sua experiência e dedicação a mantêm competitiva no cenário internacional, mesmo aos 61 anos.
A participação no torneio em El Salvador foi marcada por intensos treinos nos meses que antecederam o evento. A surfista enfrentou condições desafiadoras no mar de Sunzal, caracterizado por ondas fortes e consistentes. Além de Roberta, a equipe brasileira contou com atletas experientes como Diego Rosa (ouro na categoria 40+), Jojó de Olivença (prata na 50+), Jacqueline Silva (bronze na 40+) e Andrea Lopes (bronze na 50+), todos contribuindo para o título inédito do Brasil no Mundial de Surf Master.
A competição evidenciou não apenas o alto nível técnico dos atletas brasileiros, mas também a força do surf feminino. Roberta, Andrea Lopes e Jacqueline Silva foram fundamentais para essa conquista, reforçando a presença do Brasil nas categorias master.
O evento, organizado pela Associação Internacional de Surf (ISA), é uma das competições mais importantes do circuito master. A vitória da equipe brasileira é resultado de um trabalho em conjunto, que incluiu suporte técnico liderado por Ricardo Tatuí e Fábio Quencas, além do novo uniforme desenvolvido pela CBSurf em parceria com a Mormaii, que simboliza o fortalecimento da equipe.