O Câmpus Garopaba do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) sediou, nos dias 8 e 9 de agosto, a 3ª Reunião da Rede Cooperativa Estadual de Pesquisa em Resíduos Sólidos. O evento reuniu cerca de 50 participantes, entre servidores e bolsistas, para avaliar os avanços do estudo que atualizará o Plano Estadual de Manejo de Resíduos Sólidos de Santa Catarina.
Estiveram presentes representantes das dez instituições de ensino que integram a Rede, distribuídas pelas mesorregiões do Estado: IFSC Câmpus Garopaba e Unesc Criciúma (Sul), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (Grande Florianópolis), IFSC Câmpus Itajaí e Furb (Vale do Itajaí), Univille (Norte), Udesc (Serrana), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Unoesc e UnoChapecó (Oeste).
Durante o encontro, cada mesorregião apresentou os dados já levantados e o cronograma de trabalho. Conforme a organização, foram concluídas as etapas de coleta de dados primários e secundários nos municípios e a aplicação de questionários. A partir de agora, as informações serão sistematizadas para compor um diagnóstico sobre a destinação de resíduos sólidos no Estado e subsidiar a revisão do plano estadual.
O coordenador da Mesorregião Sul, professor Juliano da Cunha Gomes, do curso de Gestão Ambiental do Câmpus Garopaba, destacou a participação do engenheiro da Secretaria do Meio Ambiente de Santa Catarina (Semae), Frederico Gross, que apresentou contribuições sobre as expectativas do Estado em relação ao trabalho.
O coordenador geral do projeto, professor Armando Borges de Castilhos Júnior, da UFSC, conduziu a palestra de abertura e apresentou o relatório de governança da rede. Segundo ele, Santa Catarina está entre os três estados do país com planos de manejo de resíduos sólidos em revisão, junto a São Paulo e Paraná. Para a execução do projeto, estão sendo investidos cerca de R$ 3 milhões pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), por meio do Programa de Pesquisas na Área de Gestão, Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos (PPRes).
Entre os pontos de atenção citados, o professor ressaltou a presença de plástico e microplástico em praias e rios, especialmente em municípios costeiros como Garopaba. O relatório final será encaminhado à Fapesc após a conclusão dos trabalhos.
Além do levantamento de dados, a Rede busca promover a troca de informações entre pesquisadores e bolsistas. Segundo Castilhos Júnior, essas reuniões permitem identificar problemas, propor soluções e alinhar ações para a continuidade da pesquisa.
A coordenadora de Pesquisa e Inovação do Câmpus Garopaba, Renata Waleska de Sousa Pimenta, afirmou que a participação dos estudantes é uma oportunidade para incentivar a iniciação científica e mostrar como a pesquisa pode contribuir para mudanças na sociedade.
