Pais, mães e responsáveis por alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria da Silva Abreu, em Garopaba, realizam nesta quarta-feira (16) um ato pacífico em apoio à diretora exonerada Sônia Gonçalves e à professora Rosineide de Souza. A mobilização está marcada para às 17h30, em frente à escola, e foi organizada por meio de um grupo no WhatsApp que já reúne cerca de 150 pessoas. O protesto acontece no mesmo dia e horário da reunião do Conselho Escolar, que já havia sido previamente agendada para as 18h.
De acordo com os organizadores, o ato terá início com a concentração da comunidade às 17h30. A orientação é para que os participantes vistam roupas pretas e levem cartazes e fitas pretas, que serão fixados nas grades da escola como símbolo de luto e protesto. Também está previsto um abraço simbólico à unidade escolar.
Na manhã desta quarta-feira, já foram observadas manifestações simbólicas no local. Pais fixaram laços pretos nas grades e cartazes com frases de apoio às servidoras exoneradas.
Além dos pais, as próprias crianças também estão fazendo cartazes com folhas de caderno, como forma de manifestar apoio às servidoras afastadas.

“Temos quase 150 pessoas neste grupo. É imprescindível a presença de cada um HOJE. Vamos aproveitar a cobertura da imprensa local!”, afirmou uma das mensagens de convocação no grupo.

A mobilização é uma resposta à decisão da Prefeitura de Garopaba, publicada na noite de terça-feira (15), que determinou a exoneração da diretora Sônia Gonçalves, também presidente do MDB Mulher no município, e da professora Rosineide de Souza, com base no Processo Administrativo Disciplinar nº 035/2024.
O caso foi mencionado na Câmara de Vereadores pelo vereador Nazinho Gonçalves (MDB), irmão da diretora exonerada. Ele denunciou a medida como perseguição política e criticou a condução do processo disciplinar, que, segundo ele, foi seletivo e ignorou casos semelhantes em outras escolas. “Se o banco de horas é ilegal, exonera toda a rede. Tenho registros de todas as escolas que usaram o mesmo sistema. Mas só duas servidoras foram punidas”, afirmou Nazinho na sessão de terça-feira (15).
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A repercussão também chegou ao Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Garopaba (SINTRAG), que emitiu nota oficial declarando que acompanha o caso e que já está tomando todas as medidas jurídicas cabíveis para garantir os direitos das servidoras e assegurar isonomia em relação às demais profissionais da educação municipal.