quinta-feira, 17 julho 2025

Exonerações em escola de Garopaba geram protestos, notas de repúdio e reação de lideranças políticas

Após manifestação com presença de pais e alunos, comunidade escolar anuncia nova mobilização para esta quinta-feira (17); lideranças políticas repudiam exonerações.
Foto: Thay Ávila
Foto: Thay Ávila

O protesto realizado na tarde desta quarta-feira (16) em frente à Escola Municipal Maria da Silva Abreu reuniu pais, alunos e moradores da comunidade em apoio à diretora exonerada Sônia Gonçalves e à professora Rosineide de Souza. A manifestação contou com faixas, cartazes de apoio, além da participação ativa da comunidade escolar, que contesta a decisão da Prefeitura Municipal.

Durante o ato, membros do Conselho Escolar confirmaram que um abaixo-assinado em apoio às servidoras está em andamento, e que ofícios estão sendo encaminhados a órgãos competentes. De acordo com o grupo de pais, a comunidade também prepara uma nova mobilização, marcada para esta quinta-feira (17), às 13h, com ato previsto em frente ao supermercado Althoff.

Foto: Thay Ávila

A repercussão das exonerações também mobilizou lideranças partidárias. O MDB de Garopaba, legenda à qual Sônia é filiada e presidente do núcleo MDB Mulher, publicou nota oficial na tarde desta quarta-feira (16), classificando a medida como autoritária e persecutória. Segundo o partido, as exonerações ocorreram após o vereador Sérgio Luiz Gonçalves – Jacaré (MDB) — irmão de Sônia — ter votado com a oposição em um parecer sobre projeto de reciclagem.

“Tal atitude evidencia um preocupante abuso de poder e uma tentativa clara de retaliação política, que fere os princípios democráticos e desrespeita a autonomia dos poderes”, diz a nota. O partido declarou solidariedade a Sônia e Rosineide e afirmou que seguirá “atento e firme contra toda forma de autoritarismo e perseguição”.

Além da nota institucional, o candidato a prefeito pelo MDB nas eleições de 2024, Huribi Alexandrina, também se manifestou. Em declaração nas redes, afirmou: “Lamentável, duas profissionais exemplar ser exonerada desta forma, atitude totalmente desnecessária por perseguição política.”

O vereador Rodrigo de Oliveira (PT) publicou vídeo em seu perfil no Instagram, afirmando: “Garopaba merece respeito. Chega de perseguição ao funcionário público. Junior de Abreu Bento cometeu mais um ato ilegal, de autoritarismo, um ato arbitrário de perseguição.”

Outro posicionamento veio de Jean Ricardo Antunes, ex-vereador de Garopaba e atual Superintendente Federal de Pesca e Aquicultura no Estado de Santa Catarina. Em seu perfil no Instagram, escreveu: “Muito triste ver a demissão da diretora Sônia, com 26 anos dedicados à educação em Garopaba. Quem perde é a comunidade escolar. Fica a pergunta: isso é gestão ou perseguição? Toda minha solidariedade a ela e à professora Rosineide, efetivas da rede municipal.”

Segundo o vereador Nazinho Gonçalves (MDB), irmão da diretora exonerada, a defesa das servidoras já está sendo organizada por equipe jurídica e deverá apresentar recurso dentro da própria estrutura do Executivo Municipal. Caberá ao setor jurídico da Prefeitura de Garopaba decidir se mantém ou anula o processo administrativo que resultou na exoneração.

Leia também: Exoneração de diretora e professora na Escola Maria da Silva Abreu em Garopaba mobiliza comunidade escolar

Conselho Escolar e Associação de Pais e Professores da escola considera a medida lesiva á comunidade escolar

Na noite desta quarta-feira (16), o Conselho Deliberativo Escolar e a Associação de Pais e Professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria da Silva Abreu divulgaram uma nota pública de repúdio à exoneração da diretora Sônia Gonçalves e da professora Rosineide de Souza.

No documento, as entidades classificam a medida da Prefeitura Municipal como “profundamente lesiva à comunidade escolar”, ressaltando o histórico de dedicação e respeito das servidoras. A nota ainda exige a revisão da decisão, com base na verdade dos fatos e no devido processo legal, além de cobrar igualdade de tratamento entre os servidores da rede municipal.

Segundo o texto, a retirada abrupta das profissionais causou comoção entre pais, alunos e colegas, reforçando o papel essencial que ambas desempenhavam no cotidiano escolar.

Foto: Divulgação/Redes Sociais

A comunidade escolar que vem se articulando por meio de grupos de pais e responsáveis afirma que as exonerações são infundadas. “A prática de utilizar banco de horas para folgas acontece em diversos setores da administração municipal. Acreditamos na idoneidade das envolvidas e estamos lutando para reverter essa situação”, declarou uma das mães.

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