quinta-feira, 19 setembro 2024
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Diretor de “Barba Ensopada de Sangue” opta por não Filmar em Garopaba

Aly Muritiba opta por cenário diferente para preservar a essência do livro e evitar comparações diretas com a cidade original.
Foto: Inti Briones

O filme “Barba Ensopada de Sangue”, baseado no livro homônimo de Daniel Galera, estreou no Festival de Gramado 2024 e surpreendeu ao não utilizar Garopaba, cidade central na obra literária, como cenário das filmagens. A escolha de um local diferente foi feita pelo diretor Aly Muritiba, que decidiu ambientar a história em uma vila no litoral sul de São Paulo, em vez de Garopaba, Santa Catarina.

Segundo Muritiba, a Garopaba atual não corresponde mais à cidade descrita por Galera em seu livro, devido às mudanças significativas que ocorreram ao longo dos anos. Além disso, o diretor queria evitar que o público ficasse preso em comparações entre o cenário real e a narrativa do filme, buscando uma experiência mais imersiva e emocional para os espectadores.

O diretor destacou que a escolha de um novo local foi motivada pelo desejo de criar um ambiente que refletisse o estado psicológico do protagonista, Gabriel, interpretado por Gabriel Leone. A vila escolhida, com uma história semelhante de caça às baleias, porém menos deslumbrante e mais introspectiva, ajudou a criar uma atmosfera de hostilidade e isolamento que era essencial para a narrativa do filme.

A trama acompanha Gabriel, um professor de educação física que se muda para a vila após a morte do pai, em busca de refúgio na casa de seu avô, Gaudério, que faleceu de maneira misteriosa décadas antes. Lá, Gabriel encontra uma comunidade em decadência, marcada pela proibição da caça às baleias na década de 1970. Hostilizado pelos habitantes locais e envolto em mistérios, ele se vê em uma busca pessoal pela verdade sobre o passado de sua família.

O filme começa com uma cena simbólica, onde Gabriel mergulha no mar e se depara com uma jubarte, estabelecendo um paralelo entre a solidão do protagonista e a história da vila. A decisão de Muritiba de filmar em um cenário diferente de Garopaba foi central para criar uma narrativa visual que amplifica o isolamento e a tensão vividos pelo personagem principal.

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