Nesta terça-feira (15), o Garopaba.sc recebeu informações sobre movimentações de máquinas e caminhões na Praia da Barra, em Garopaba. Segundo os relatos, foram observados aterros e o uso de sacos (bags) de areia, além de pedras e troncos, em área onde o mar avançou sobre residências.
Questionado pela nossa redação, o Instituto do Meio Ambiente de Garopaba (IMAG) informou que as ações “tratam-se de uma questão emergencial e temporária conforme o Decreto nº 273, de 19 de agosto de 2025”. O órgão acrescentou que “é considerada uma estrutura temporária, já com previsão para retirada dos sacos para execução de um novo projeto apresentado pela Defesa Civil”.
O Decreto nº 273/2025, assinado pelo prefeito Junior de Abreu Bento (PP), declarou situação de emergência nas áreas costeiras do município em razão da erosão marinha registrada entre os dias 30 de julho e 10 de agosto. De acordo com o texto, as ressacas afetaram as praias do Centro e da Barra, causando danos nas dunas, destruição de vegetação e impacto em residências e ranchos de pesca.
O documento autoriza a mobilização da Defesa Civil e a execução de medidas emergenciais para conter os danos provocados pela erosão, além de permitir obras temporárias em áreas de risco. O mesmo decreto também foi utilizado para embasar a abertura da barra no dia 25 de agosto, ação executada pela Defesa Civil para facilitar o escoamento das águas da lagoa.
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Ao ser questionado sobre o período máximo de permanência da estrutura montada com sacos de areia, o IMAG respondeu que “as informações mais detalhadas devem ser obtidas diretamente com a Defesa Civil, pois é sob responsabilidade dos mesmos”.
Em resposta nesta tarde, a Defesa Civil de Garopaba informou que a obra em andamento utiliza apenas “bags de areia”, sem o uso de pedras ou troncos de madeira, conforme havia sido relatado por moradores. O órgão informou ainda que não há um período específico definido para a permanência da estrutura emergencial instalada na Praia da Barra.
Esta não é a primeira vez que o mar avança sobre edificações na Praia da Barra. Moradores afirmam que, nos últimos anos, a erosão tem se intensificado em pontos onde a restinga foi suprimida.