quinta-feira, 19 setembro 2024
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Opinião

Paulo Junqueira

A Interminável Disputa pela Cadeira da Presidência na Câmara de Garopaba

Foto: Tiana

Por Paulo Junqueira

Sou colunista de opinião do Garopaba.sc, escrevendo sobre política, economia e opinião pública.

A disputa pela presidência da Câmara de Vereadores de Garopaba parece estar perto do fim, ou não. Mas continua trazendo incertezas sobre quem ocupará o cargo e quando. A controvérsia sobre a destituição de Jairo Pereira dos Santos, que já se prolonga há meses, tem deixado a cidade em um estado de espera. Destituição válida ou não? Quem vai ocupar a presidência? Essas perguntas ecoam enquanto projetos importantes para o desenvolvimento da cidade ficam em segundo plano.

Esse imbróglio político e incertezas trouxe à tona questões cruciais sobre o funcionamento das instituições e o respeito aos procedimentos legais. O embate parece ser uma luta incessante entre dois lados: de um lado, aqueles que querem a todo custo assumir a presidência da Câmara; de outro, aqueles que fazem de tudo para mantê-la. A sensação é de que ambos os lados estão mais preocupados em consolidar seu poder do que em atender às necessidades reais da população. O que eles têm a temer? Será que há algo nos bastidores que justifique essa postura intransigente? Seria essa apenas uma questão de poder pelo poder, ou há algo mais profundo que está sendo escondido da população?

De fato, a atual gestão de Júnior de Abreu Bento (PP) e Guto Chaves (PP) busca a reeleição nas eleições municipais de 2024, e a oposição, evidentemente, não quer que isso aconteça. Os recentes episódios da série de destituição de Jairo, ocorrendo em um momento estratégico, com várias obras sendo inauguradas perto do período eleitoral, levanta suspeitas sobre as motivações por trás dessa disputa. As manobras da Câmara parecem estar sincronizadas com o calendário eleitoral, intensificando a sensação de que interesses eleitorais estão influenciando as ações dentro da Câmara.

Para complicar ainda mais a situação, mesmo com o cancelamento da sessão de votação pela destituição de Jairo do dia 10 de julho, ela ocorreu com a presença de seis vereadores e resultou em sua destituição. Com a liminar indeferida pela justiça no dia 11 de julho, validando, em princípio, a votação de destituição, a pergunta que fica é: Será que terminou mesmo? O que vem a seguir? Só o tempo dirá.

A contínua instabilidade política não só atrasa iniciativas essenciais, como também mina a confiança da população nas suas lideranças. É crucial que os vereadores considerem não apenas a observância dos procedimentos legais, mas também as reais necessidades da população. Acima de tudo, Garopaba merece lideranças que priorizem o desenvolvimento e o bem-estar da cidade acima das disputas políticas internas. É hora de colocar os interesses da comunidade em primeiro lugar e trabalhar juntos para resolver os problemas que realmente importam.

É desanimador ver nossa Garopaba presa em um ciclo de instabilidade e manobras políticas. As lideranças municipais devem se lembrar de que foram eleitas para servir à população, não para se engajar em disputas de poder que só prejudicam a cidade. A confiança do povo nas instituições está em jogo, e é responsabilidade dos nossos representantes restaurar essa confiança, focando no que realmente importa: o progresso e o bem-estar de Garopaba. É hora de pôr fim a esse circo político e trabalhar pelo futuro da nossa cidade.

Sou colunista de opinião do Garopaba.sc, escrevendo sobre política, economia e opinião pública.

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