O Procon Municipal de Garopaba, em parceria com a Polícia Civil, realizou na manhã desta quinta-feira (26) a operação “Bate Enrola” para fiscalizar os comércios locais que revendem a “pulseira bate enrola”. A ação faz parte de uma iniciativa estadual envolvendo todos os Procons de Santa Catarina para fiscalizar produtos que representam riscos graves à saúde dos consumidores, principalmente crianças. As pulseiras, que possuem um revestimento metálico cortante coberto por plástico, podem causar desde reações alérgicas até cortes profundos na face e perda de visão.
A operação no estado de Santa Catarina foi motivada por denúncias de incidentes envolvendo o uso das pulseiras, incluindo o caso de uma criança que teve a boca rasgada, relatado pela influenciadora Karla Silva, de Florianópolis. As pulseiras também não apresentam as especificações obrigatórias, como CNPJ, fabricante e orientações de uso, o que agrava os riscos.
Em resposta à redação do Garopaba.sc, Alexandre da Silva fiscal do Procon de Garopaba, informou que, em ação conjunta com a Polícia Civil, foram realizadas visitas a 10 estabelecimentos comerciais do ramo de festas infantis e mix variados no dia 26 de setembro de 2024. O objetivo foi retirar de circulação as pulseiras “bate enrola” que não atendem às especificações obrigatórias, como CNPJ, fabricante, endereço e cuidados de uso. No entanto, durante essas fiscalizações, não houve constatação do produto nas prateleiras, e até o momento, nenhuma apreensão foi realizada no município.
Além disso, na manhã da última sexta-feira (27), mais seis estabelecimentos foram visitados, e novamente não foram encontradas pulseiras “bate enrola” disponíveis para venda. O Procon de Garopaba orientou todos os comerciantes visitados a não colocarem o produto à venda caso ele não atenda às exigências da portaria 277/2021 do INMETRO, que regulamenta as informações e cuidados que devem constar na embalagem.
Segundo o Procon de SC, os produtos apreendidos durante a operação em outras cidades ficarão retidos, e os comerciantes terão 30 dias para adequar as informações na embalagem. Caso não cumpram as normas, poderão ser autuados. A operação visa evitar acidentes durante o próximo Dia das Crianças e prevenir que o produto volte a causar lesões graves, como o caso registrado em 2011, quando um menino perdeu a visão de um olho.