A Surfland Brasil Garopaba Incorporações SPE Ltda. divulgou nesta semana um novo cronograma oficial para a conclusão das obras do empreendimento Surfland Resort, em Garopaba. O comunicado, assinado pelo sócio-administrador André Luis Giesta da Silva, projeta que o empreendimento será finalizado integralmente em outubro de 2026, quatro anos após o prazo inicialmente previsto em contrato.
Segundo o documento enviado aos cotistas, as primeiras estadias começarão a ser agendadas a partir de dezembro de 2025, com a entrega de blocos prevista em etapas mensais.
A conclusão do lobby principal está marcada para janeiro de 2026, seguida dos blocos residenciais e demais estruturas do resort:
- Março de 2026: Bloco 1 (Ferrugem)
- Abril de 2026: Bloco 2 (Rosa)
- Maio de 2026: Bloco 3 (Vermelha) e Bloco 7 (Barra)
- Junho de 2026: Bloco 6 (Ouvidor)
- Julho de 2026: Bloco 5 (Siriú)
- Outubro de 2026: Bloco 4 (Silveira) e Spa
De acordo com o cronograma atualizado, a entrega final do resort está prevista também para outubro de 2026. A empresa afirma que o novo calendário foi “validado pela gestora do fundo de investimento garantidor da obra” e que pretende manter a transparência com os cotistas durante o andamento das construções.
Sessões de ondas e visitas guiadas ao canteiro de obras
Como compensação aos atrasos acumulados, a empresa informou que concederá sete sessões adicionais de ondas por fração imobiliária, com utilização permitida até a inauguração oficial do resort. As sessões estarão disponíveis no Portal do Cliente a partir de 1º de setembro.
Ainda conforme o comunicado, a Surfland promete divulgar neste mês de agosto orientações para participação em visitas guiadas ao canteiro de obras, além da retomada do envio de boletins de evolução para acompanhamento do progresso da construção por parte dos clientes.
Atrasos motivaram inquérito do Ministério Público e ações judiciais
O novo cronograma foi publicado poucos dias após a 29ª Promotoria de Justiça da Capital, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ter instaurado um inquérito civil para investigar o atraso na entrega do empreendimento. A promotoria analisa possíveis práticas abusivas e descumprimento contratual, após a empresa admitir que 2.800 cotas estão inadimplentes e que a entrega não ocorreu nos prazos inicialmente acordados.
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Até a última quarta-feira (14), já foram registradas mais de 400 ações judiciais no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) contra a incorporadora, movidas por cotistas que alegam prejuízo financeiro, falta de transparência, cláusulas abusivas e descumprimento de contrato.
